Nascida em 03 de Fevereiro de 1908, Dulcina de Moraes era filha de Conchita e Átila de Moraes. Seu nascimento já foi um espetáculo, porque seus pais estavam de passagem por Valença para apresentarem uma peça quando Dulcina resolve nascer. Houve uma mobilização local, pois o dono da hotel onde estavam hospedados não queriam que eles ficassem por lá ao saber que aconteceria um nascimento.
Uma das grandes damas do teatro brasileiro, com uma tendência para a comédia, a atriz estreia como protagonista aos 15 anos na peça Lua Cheia. Integrou as mais importantes companhias teatrais, casou-se em 1931 com o também ator Odilon Azevedo e na década de 50 funda sua própria companhia, a Cia. Dulcina-Odilon.
Em 1955, Dulcina inaugura a Fundação Brasileira de Teatro, por quem dedicou toda a sua vida.
Sua única experiência com o cinema não foi bem-sucedida e o filme 24 horas de sonho foi um verdadeiro fracasso!
Mas ainda bem que ele foi feito! Porque foi graças a ele que pude conhecer seu trabalho.
Era uma atriz impecável e absolutamente envolvente. Enquanto ela interpretava, sentimo-nos hipnotizados e podemos passar horas observando-a falar com tanta perfeição e elegância.
Em 1981, Dulcina retorna aos palcos com O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti. Bibi Ferreira a dirige nesta peça que foi escrita especialmente para a atriz, ganhando o prêmio Molière Especial, o crítico Yan Michalski a define como o monstro sagrado. Quanto ao seu estilo, o crítico usa as palavras:
"O instrumental de que Dulcina dispõe, particularmente no gênero da comédia ligeira e sofisticada, sempre foi admirável: ela domina o desenho do gesto com precisão milimétrica, desloca-se pelo palco com uma elegância toda pessoal, dispõe de uma gama bem definida de recursos faciais, elaborou uma musicalidade de inflexões inconfundível, e sobretudo controla à perfeição esse trunfo misterioso - mas eminentemente técnico - chamado 'tempo da comédia'."
Filha, neta e esposa de atores, Dulcina militou pelo teatro por toda a sua vida e morreu em Brasília em 28 de agosto de 1996, aos 88 anos de idade.
Uma mulher que marca o teatro e a história da arte do nosso país.
Para quem quiser conhecer um pouco seu trabalho, segue o filme 24 horas de sonho, dirigido por Chianca de Garcia e lançado mundialmente em 1941.
O filme de 95 minutos é uma comédia que retrata as desventuras de Clarice, que decidida a cometer suicídio resolve aproveitar os últimos momentos de vida usufruindo de muito luxo.
Fique por aqui e assista!
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Conheça a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes: http://www.dulcina.art.br/
Fontes:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa245136/dulcina-de-moraes
http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/atores-do-brasil/biografia-de-dulcina-de-moraes/
http://tvbrasil.ebc.com.br/cinenacional/episodio/24-horas-de-sonho
https://youtu.be/eak_FFw0yk4
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