quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Conhecendo Harry - Parte 1

"Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver, lembre-se!"




Quem aí nunca assistiu a nenhum filme do Harry Potter? Onde você estava, Alien? Provavelmente no mesmo lugar que eu. Sim, eu nunca assisti nenhum filme Harry Potter e até dezembro de 2015 não tinha lido nenhum livro. Fugi de Spoilers o máximo que pude, de alguns, não consegui. Mas nada poderia me preparar o que encontraria na narrativa fatal de J.K Rowling. 
O prazo para ler todos os livros era até o mesmo dezembro de 2015, porém, não foi possível cumprir a minha meta durante o ano e para tentar me desculpar comigo mesma, faltando alguns minutos para o fim do segundo tempo, consegui ler pelo menos o primeiro livro que foi terminado no último dia do ano. 
Sempre me perguntei o porquê do sucesso estrondoso da obra. Conheci o trabalho da autora através de Morte Súbita, um livro grande e complicado direcionado para o universo adulto. Dizem que por isso, foi necessário que a autora criasse um pseudônimo para escrever o segundo livro direcionado a adultos. Em O Chamado do Cuco, ela usa o nome de Robert Galbraith, já que os leitores torceram o nariz para Morte Súbita e comparações descabidas foram feitas com Harry Potter, mas logo seu pseudônimo foi descoberto.
Foi uma boa escolha ter conhecido J.K pelo Morte Súbita, assim, fugi das comparações e das expectativas e puder me deleitar em uma obra incrível sem abandoná-la nos momentos mais difíceis. É preciso insistência para conhecer essa história tão impactante!
Quando comecei a ler Harry Potter e a Pedra Filosofal, logo me deparei com a mesma J.K de Morte Súbita, um narrador imparcial, focado e detalhista, com uma linguagem realista e fácil sem que seja necessário zombar de nossa inteligência. 
Harry é um menino bruxo que perde os pais de forma misteriosa e cresce na casa dos tios que não contam sobre suas origens mágicas e maltratam Harry o tempo inteiro. Os Dursley são cruéis, mesquinhos, invejosos e tratam seu filho Duda, da maneira mais ridícula que se pode criar uma criança, transformando-o em um menino fútil, malvado e mimado. 
Quando Harry recebe a carta de Hogwarts, sua origem é revelada e ele parte para a Escola de Bruxaria onde conhece seus melhores amigos, Rony e Hermione. 
Em “... e a Pedra Filosofal”, os 3 precisam proteger a Pedra de uma força das trevas e assim, eles vivem grandes aventuras.  
De cara percebemos que a autora tem essa mensagem de denúncia das mazelas humanas. Diferenças sociais, maus tratos, família, amizade e honra são assuntos que permeiam a obra e está sempre nos lembrando que nossa grandeza pode estar nas coisas mais simples que temos. O amor é apontado como uma marca que podemos carregar para sempre, nos conduzindo por um caminho, nem sempre fácil, mas muito mais feliz. 
A forma como a autora aborda o universo escolar, também foi muito inovadora. Todos os alunos sentem-se muito gratos por poderem estar onde estão e dedicam-se com fervor para aprenderem o máximo que puderem e nada disso os priva de viver grandes aventuras.
Mesmo ainda no início da saga, chego à conclusão de que o sucesso da obra se deu por causa da sensibilidade da autora que usou uma linguagem tão diferente para dialogar com crianças! Ela não infantiliza sua linguagem e se comunica com o leitor de forma muito respeitosa! Provavelmente por isso, o livro foi o grande divisor de águas no mundo literário, principalmente infantil, que lançado em junho de 1997 ganhou o público de forma tão fiel e marcante! 
Vale lembrar que os últimos 4 livros da saga foram os livros mais vendidos da história. O último vendeu 11 milhões de cópias nos Estados Unidos nas primeiras 24 horas de seu lançamento. 
Ainda estou no início do segundo livro que promete ser bem mais enigmático e misterioso. E tudo o que consigo me perguntar é: Como pude viver todos esses anos sem conhecer Harry?

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