quarta-feira, 16 de março de 2016

O Juízo Moral da Criança e a Inclusão Social.



Jean Piaget foi um dos pensadores mais importantes do século XX. Foi fundador da Epistemologia Genética, onde o biólogo desenvolveu a Teoria do Conhecimento que visa esclarecer como os esquemas cognitivos funcionam na aquisição do conhecimento. Melhor dizendo, Piaget nos prova que o conhecimento não é algo que vem de fora, o conhecimento é um processo de Assimilação, Acomodação e Equilibração desses esquemas cognitivos, sendo assim, somos nós quem o construímos. O que não exclui a necessidade de um mediador nesse processo. É preciso ter professores capacitados que direcionarão a demanda de informação para que o conhecimento seja atingido de maneira significativa e eficaz.

Moralidade
Até os 06 anos, a criança não consegue seguir regras sociais, respeitando sua própria vontade, seu objetivo é agir de maneira que satisfaça seus próprios interesses, isso chamamos de Anomia.
A heteronomia ocorre entre os 06 e 09 anos, é quando sua moralidade é regulada pelas regras coletivas e pela imitação.
Depois de superar o estágio de heteronomia, a criança agora já é capaz de encarar as regras como resultado de uma livre decisão, sendo assim, ela já passa a desenvolver a Autonomia através dos desequilíbrios sociais que a obrigam a contestar as normas e rever valores.
Por volta dos 9 anos, ela já tem condições cognitivas de desenvolver sua autonomia moral e passará toda a sua vida readaptando seus esquemas cognitivos e revendo as éticas que ela estabeleceu para si mesma.

A Interação social
O desequilíbrio que força a criança a rever seus valores e suas relações, não é um processo solitário. É através da interação social que as estruturas cognitivas são formadas e desenvolvem habilidades simbólicas e abstrativas.
Desta forma, uma escola comprometida com uma aprendizagem significativa, é uma escola preocupada em promover situações de interação social, situações que causem desequilíbrio para que a criança aprenda a desenvolver a habilidade crítica, criativa e de troca de perspectiva. Cabe a escola proporcionar um ambiente onde elas aprendam a se autodisciplinar.

A Inclusão Social
A Inclusão social é um trabalho intenso. Um pacto que deve ser feito entre pessoas, ainda excluídas, e a sociedade. Essa parceria deve visar a promoção de oportunidades para todos.
Se é através da interação social que desenvolvemos nossa autonomia moral, quando mais contato tivermos com a diversidade humana, mais críticos e autônomos nos tornamos.

Empoderamento
O empoderamento é um processo pelo qual uma pessoa ou um grupo, assume o controle de sua vida usando seu poder pessoal independente da sua condição. (cor, idade, gênero...)
Cabe à família e à escola, reconhecerem esse poder pessoal respeitando o direito das pessoas com necessidades especiais para que elas possam colaborar cada vez mais na luta a favor da equiparação de oportunidades.
Assim, a inclusão social não colabora apenas com o desenvolvimento das pessoas com necessidades especiais, mas também, para a construção de uma sociedade mais justa e menos frágil a qualquer tipo de alienação.

domingo, 13 de março de 2016

Sentimentos Literários - Um Amor de Muitos Verões (Ana Faria)

“Todavia, como a primavera chega trazendo vida a uma floresta inteira, despertando animais e plantas, sons, cores, movimentos, assim também acontecia com ele naquele momento. Ao ver aquela mulher novamente, o amor que sempre sentiu por ela, desde o primeiro verão que passaram juntos, o mesmo amor da juventude, embora mais apurado e intenso, explodia no peito de Guilherme.” (p.90)


Um Amor de Muitos Verões chega nos cobrindo de nostalgia e delicadeza. A rapidez com que o livro foi devorado não foi nenhuma surpresa! Após ter conhecido outras obras da autora, eu já esperava que essa leitura seria rápida, fácil, delicada e capaz de me despertar os sentimentos mais puros possíveis. 
Trata-se da história de Silvia que em janeiro de 2001 conhece Guilherme durante suas férias de verão em Arraial do Cabo. A mineirinha era uma menina doce que se apaixonou pelo sedutor Guilherme. Ele ostenta uma figura de garoto descolado, mas trata-se de um menino trabalhador, que ajuda o pai trabalhando no quiosque à beira da praia. 
Os dois formam um lindo casal! São cúmplices e carinhosos, o que nos mostra que além de apaixonados, eles se tornam grandes amigos.
O relacionamento precisa enfrentar o decorrer do ano letivo, até que Silvia volte no próximo verão. E assim acontece. A cada reencontro, uma explosão de sentimentos! Sentimentos esses que aumentam e se fortificam apesar da dificuldade em resistir. 
Após 12 anos sem encontrar Guilherme, Silvia retorna para Arraial do Cabo em busca de uma cura. Com o coração despedaçado depois de um divórcio, ela tenta reencontrar a si mesma durante a viagem. Mas logo Silvia reencontra Guilherme e apesar do coração amargurado, ela consegue viver um dia de cada vez com aquele homem tão importante em sua história. 
Guilherme demonstra ser um homem fiel ao sentimento que sempre manteve por Silvia, um dono de restaurante bem-sucedido, bonito e inteligente que passou todos esses anos sonhando com o dia que poderia reencontrar seu grande amor. 
Quando isso acontece, Guilherme percebe que não pode ser mais do que seu amigo e faz isso com amor e dedicação, com o objetivo de curar Silvia dessa escuridão em que ela se encontra.
O sentimento de nostalgia é inevitável! Impossível não nos lembrarmos dos nossos amores de verão, não apenas pelos amores vividos, mas pelos pedaços nossos que ficaram em nossa história.
Um livro que nos mostra o amadurecimento de uma jovem, nos revela suas fragilidades aos 15, 16 e 17... e depois, nos mostra os conflitos de uma mulher que ousou ser feliz, mas que foi traída pelas circunstâncias. Vemos um coração ser curado, um amor que atravessa os anos e ainda se mantém forte e revigorante.
O romance entre Silvia e Guilherme nos desperta diversas emoções. Mas com certeza, a mais importante é de que como é linda a arte de amar e ser amado. Como é importante desbravar as armadilhas da vida e poder contar com um amor que não enferruja diante das tempestades. 
Apesar do livro ser sutilmente cristão, isso não atrapalha a leitura dos mais céticos. O que será ainda mais significativo e emocionante para aqueles que alimentam sua fé com dedicação e perseverança. 
A descrição das paisagens é feita com a habilidade de geógrafa da autora. A escrita é limpa e muito bem costurada, mesmo com as variações de tempo apresentadas através de capítulos curtos.
Muito mais do que um romance “água com açúcar”, um romance que revela a habilidade mais incrível que o ser humano desenvolveu ao longo de sua história, a habilidade de amar. 


sexta-feira, 11 de março de 2016

Antes de aprendermos a fazer laços, temos que aprender a impor limites.




Nós já nascemos fazendo laços. Aquele chamego todo com as nossas mães, aquela necessidade de sermos aceitos no mundo em que estamos inseridos... nós não sabemos direito o que estamos fazendo, mas já realizamos este feito sem pensar muito bem nas consequências!
Mas elas chegam... corações partidos, sentimentos remexidos, pontapés na bunda gratuitos, maquiagens desperdiçadas com lágrimas dos sábados à noite, amigos confusos, amigos desonestos, amigos descontrolados, amores interrompidos, espremidos, esgotados... as consequências acabam chegando, mas em geral, vale a pena! Depois de superarmos a mágoa, ficam as lembranças das coisas boas, dos aprendizados e do melhor do outro que ficou com a gente!
Nem sempre é assim. Existem relações que só envenenam o melhor que temos dentro da gente. Só servem para diminuir e nada têm a oferecer. Mas a intensidade dos novos começos é tentadora! E terminamos cheios de marcas devastadoras que podem mudar para sempre o rumo das nossas vidas. Passamos a negligenciar a nós mesmos! Afundamo-nos em trabalhos, distraímos nossa mente com todos os prazeres que nosso dinheiro pode comprar... tudo para não termos tempo de olharmos para dentro da gente. Porque fomos com sede demais ao pote e encharcamos nossa vaidade com a necessidade de mergulharmos em relações altamente perigosas e destrutivas. 
O que quero dizer, é que os laços e mergulhos verticais são necessários e jamais devemos nos negar a isso. O melhor jeito de preservarmos nossa juventude é ainda cultivarmos as expectativas e a euforia com as novidades que o mundo nos apresenta. Porém, é necessário saber impor limites ao que não nos acrescenta. Em um mundo onde as mensagens de facebook e os livros de autoajuda nos dizem que o melhor é não nos apegar, eu ouso em dizer o contrário. SE APEGUE SIM! Se te faz bem, se apegue! Mesmo que sofra, mesmo que chore e mesmo que tenha que dizer adeus. Aproveite a magia do momento sem se preocupar com o final da corrida. Ela vai chegar, todos os relacionamentos chegam! Nem que seja para entrar em uma nova fase. 
O fato é que sempre temos que nos despedir de nós mesmos em diversas fases de nossas vidas, não podemos ser hipócritas em pensar que o outro também não irá se modificar, se renovar e se transformar em alguém diferente! Como aquela mãe que se despede do filho todas as noites sem perceber. Ele dorme e quando acorda está largando as fraldas, dorme e quando acorda vai para escola, dorme e quando acorda dá seu primeiro beijo, dorme e quando acorda está na faculdade, até que um dia ele também está dando um beijo de boa noite no filho dele. É assim, nossos filhos acordam outros todos os dias, vamos nos despedindo deles e damos boas-vindas a outros em cada amanhecer. Mas algo de bom tem que ficar. Temos que ficar com os aromas mais gostosos, mesmo depois da pétala despedaçada. 
Então não se esqueça! Desperdice saliva, suor, gritos e gemidos com quem vale a pena. Mesmo que esta mesma pessoa te magoe algum dia, enquanto isso não acontece, mergulhe e aproveite ao máximo as partículas de emoções que vocês dividem juntos.

Por outro lado, temos aquelas pessoas que vivem para nos fazer sentir frustrados, derrotados, que arrancam de nós todas as forças e só se aproveitam de nossa energia para alimentar seu próprio ego. 
Algumas relações são inevitáveis. Tem aquele cara chato do escritório, aquele chefe ignorante, aquele colega que adora gritar que não leva desaforo para casa como se isso fosse um troféu. E nós não colocamos limites nessas relações tóxicas, porque nos ensinaram que temos apenas duas opções: ou amamos, ou odiamos. Não é assim não, amigo! Dá para exercer toda aquela educação que mamãe nos ensinou. Dá para dizer "bom dia" e dividir boas risadas com o comediante que adora se gabar! Ele não precisa saber que estamos rindo porque o achamos estúpido. Uma dose de ironia pode salvar nossa sanidade!
A gente se incomoda com o companheiro de trabalho preguiçoso, com o chefe presunçoso e com o amigo empenhado em tirar a paz dos outros. O que precisamos nos conscientizar é de que algumas pessoas dedicam seu tempo em perturbar as outras, algumas pessoas só sabem reclamar culpando o mundo por suas frustrações. E são com essas pessoas que NÃO PRECISAMOS GASTAR NOSSO TEMPO. São essas as pessoas que NECESSITAM DE LIMITES.
Eu posso trabalhar com alguém preguiçoso, mas não preciso leva-lo para casa! Não preciso pensar no que ele não faz, não preciso dar espaço para que ele estrague o meu dia e nem que ele me contamine com sua falta de respeito ao seu próprio tempo. 
Se meu chefe é um babaca, imagina só se vou dar a chance dele me transformar em um também! Não vou dedicar mais tempo a ele do que é necessário, não quero que ele fale sobre sua vida pessoal e não quero nem que ele saiba sobre a minha. Está aí o limite dele. Ele não tem poder de me atingir, porque é apenas um artigo que compõe meu ambiente de trabalho e minha vida é muito mais do que isso.
Caso você tenha um “amigo” polêmico que adora conversar sobre suas ideologias, mas não aceita falar sobre as ideologias dos outros, por que você ainda tenta usar algum argumento? Qual a necessidade de se abrir, de falar sobre o que você pensa e como você pensa, para uma pessoa que se preocupa muito mais em falar, gritar e esbravejar e não aprendeu ainda a ouvir?

Eu ainda faço laços, mas também sei impor limites. Não preciso escolher entre amor e ódio. 
Mas só me tem por inteiro quem sabe o que é respeito! 
Desculpe, mas alguém precisava te dizer isso:
Ser feliz gasta tempo, energia e dedicação! Não há lugar para distração!
Pit Larah

terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Da Mulher - Dulcina de Moraes




Nascida em 03 de Fevereiro de 1908, Dulcina de Moraes era filha de Conchita e Átila de Moraes. Seu nascimento já foi um espetáculo, porque seus pais estavam de passagem por Valença para apresentarem uma peça quando Dulcina resolve nascer. Houve uma mobilização local, pois o dono da hotel onde estavam hospedados não queriam que eles ficassem por lá ao saber que aconteceria um nascimento. 

Uma das grandes damas do teatro brasileiro, com uma tendência para a comédia, a atriz estreia como protagonista aos 15 anos na peça Lua Cheia. Integrou as mais importantes companhias teatrais, casou-se em 1931 com o também ator Odilon Azevedo e na década de 50 funda sua própria companhia, a Cia. Dulcina-Odilon.

Em 1955, Dulcina inaugura a Fundação Brasileira de Teatro, por quem dedicou toda a sua vida. 
Sua única experiência com o cinema não foi bem-sucedida e o filme 24 horas de sonho foi um verdadeiro fracasso!
Mas ainda bem que ele foi feito! Porque foi graças a ele que pude conhecer seu trabalho. 
Era uma atriz impecável e absolutamente envolvente. Enquanto ela interpretava, sentimo-nos hipnotizados e podemos passar horas observando-a falar com tanta perfeição e elegância.


Em 1981, Dulcina retorna aos palcos com O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti. Bibi Ferreira a dirige nesta peça que foi escrita especialmente para a atriz, ganhando o prêmio Molière Especial, o crítico Yan Michalski a define como o monstro sagrado. Quanto ao seu estilo, o crítico usa as palavras: 

"O instrumental de que Dulcina dispõe, particularmente no gênero da comédia ligeira e sofisticada, sempre foi admirável: ela domina o desenho do gesto com precisão milimétrica, desloca-se pelo palco com uma elegância toda pessoal, dispõe de uma gama bem definida de recursos faciais, elaborou uma musicalidade de inflexões inconfundível, e sobretudo controla à perfeição esse trunfo misterioso - mas eminentemente técnico - chamado 'tempo da comédia'."

Filha, neta e esposa de atores, Dulcina militou pelo teatro por toda a sua vida e morreu em Brasília em 28 de agosto de 1996, aos 88 anos de idade. 

Uma mulher que marca o teatro e a história da arte do nosso país.

Para quem quiser conhecer um pouco seu trabalho, segue o filme 24 horas de sonho, dirigido por Chianca de Garcia e lançado mundialmente em 1941.

O filme de 95 minutos é uma comédia que retrata as desventuras de Clarice, que decidida a cometer suicídio resolve aproveitar os últimos momentos de vida usufruindo de muito luxo.

Fique por aqui e assista!

Aproveita e se inscreva no Canal da Cinemateca e clique em Gostei no vídeo para ajudar a divulgar.

Conheça a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes: http://www.dulcina.art.br/ 




Fontes:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa245136/dulcina-de-moraes
http://www.funarte.gov.br/brasilmemoriadasartes/acervo/atores-do-brasil/biografia-de-dulcina-de-moraes/
http://tvbrasil.ebc.com.br/cinenacional/episodio/24-horas-de-sonho
https://youtu.be/eak_FFw0yk4







sexta-feira, 4 de março de 2016

A Alma do Artista - Lucinei Campos


Nascido em 16 de outubro de 1983, Lucinei M. Campos sempre mostrou uma veia naturalmente artística. Desde então, sua vida tem sido pautada por histórias fictícias e factuais, que integradas, tem dado o tom da sua vida pessoal e profissional.
Ainda menino, criava ele mesmo as suas narrativas e personagens, em seus muitos cadernos e folhas livres, que mantém até hoje em seus arquivos pessoais. Figuras já existentes ou inventadas por ele, ganhavam destaque nos rabiscos de uma criança que, mesmo timidamente, começava a mostrar as histórias arquitetados em sua cabeça. De lá pra cá, não largou mais a sua paixão de infância, e tem se dedicado, entre outras coisas, a expressar de forma mais madura a sua imaginação e versatilidade em obras que falam sobre figuras reais, folclóricas, religiosas, místicas, galácticas, que o público poderá apreciar.
Igualmente amante de outras artes, se aventurou cantando em uma banda juvenil, onde também compunha e fazia algumas melodias. Estudou um pouco de teatro, cinema e contos de fadas, tendo surgido desse último a sua inspiração para escrever essa obra. Formou-se em História e se especializou em História da África e da Diáspora Africana no Brasil, disciplina que atualmente leciona em escolas da rede pública do Estado do Rio de Janeiro.
Lavínia e a Árvore dos Tempos vem para concretizar um sonho de menino em ver uma criação sua sair do seu imaginário e se integrar ao de outras pessoas, adultos, jovens e crianças que, assim como ele, tem o espírito inquieto a procurar e a contar sempre novas e boas histórias.



Lavínia e a Árvore dos Tempos
Lavínia é uma menina de nove, quase dez anos de idade, que tem a rotina de sua jovem vida muito complicada. Sem amigos na escola, sem conversar muito com seus pais, ela se refugia apenas em sua mente e nas várias maneiras que tem para evitar as provocações sofridas no colégio pelos Valentões e Marrentinhas. A única visita que recebe é a de seu único amigo Léo, que vem a sua casa toda tarde, depois da aula. Um menino que não anda sem seus bonecos de luta e que passa o tempo todo imaginando mirabolantes batalhas entre eles.
O que Lavínia não esperava, porém, era que receberia uma fada para ficar com ela por um ano humano e que teria toda sua jovem vida transformada por esse inesperado acontecimento. Laus, a fada, era diferente de tudo aquilo que se pudesse imaginar de uma criatura mágica. Sendo uma fada homem e bem rabugenta, detestava seres humanos, e por esta mesma razão, teria de cumprir pena ali, ao seu lado, pois há muito fez mal aos homens, antes de ser capturado. O que seria um presente para a menina, era um castigo para a fada.  
Laus em nada seguia o padrão imaginado pela menina. Não bastasse ser excêntrico, para entrar no mundo humano, teve de tocar seu dedo no Regionário, livro que faz com que as criaturas mágicas se tornem típicos moradores da região tocada no mapa. Uma forma de assemelhar as criaturas dos dois mundos. Mas, por um engano, ele tocou na região norte do Brasil, bem oposta à terra da menina. Sendo assim, seu nome, sua varinha, suas roupas, se transformaram por completo. Laus passou a ser Lorivaldo, e sua varinha, uma peixeira. O que fez a criatura odiar ainda mais.
Com o passar do tempo, as diferenças entre eles vão diminuindo e eles vivem uma singular aventura. Além de uma fada homem, outros seres mágicos e do nosso folclore se inserem na história: goblins, ent, boitatás, titãs, ninfas, curupiras, elementais, náiades, faunos, Até saberem algo interessante vindo dos frutos da Árvore dos Tempos: um nome bem peculiar aos dois nasce em um dos seus vários galhos. A imponente árvore, guardada no Castelo do Poente, dá pergaminhos em seus galhos no lugar de frutos, e neles, surgem nomes de pessoas importantes para a história, sendo esta humana ou não. E isso pode ser um traço de coisas misteriosas e em comuns que há entre os dois.



Lavínia e a Magia Proibida:
Imagine se você tivesse uma fada a seu dispor para realizar seus desejos e desbravar aventuras utilizando a magia? E, com isso, conhecesse muitas outras criaturas mágicas como goblins, curupiras, ninfas, titãs, minotauros, centauros e bruxos? Foi o que aconteceu com Lavínia, uma menina de agora 10, quase 11 anos, um pouquinho diferente das meninas de sua idade.
Mas, se como Lavínia você descobrisse não ser alguém que teve a simples sorte de ganhar esse presente, e sim ser o pivô de grandes acontecimentos antigos e futuros? 
Em Lavínia e a Magia Proibida, a menina se verá em uma maravilhosa e ao mesmo tempo perigosa aventura, na qual um bruxo misterioso chega à cidade, à sua procura. Ela vai conhecer a Rua Transversa, um local escondido, onde criaturas mágicas se encontram em meio ao nosso mundo. Além de tomar um delicioso suco no RAB’S e descobrir que seres malignos desejam lhe capturar para fins sombrios desde que souberam do seu nome na Árvore dos Tempos, envolto a uma magia forte e proibida. Lavínia e seus amigos terão de lutar para que nada de mal lhes aconteça e nem aos que estão ao seu redor.


1- Qual conselho você daria a si mesmo se não se conhecesse?

Hum... Coisa complicada de se responder. Mas, no atual momento, creio que diria: “Seja mais paciente. Mais do que já é”.


2- Como seria seu dia se você acordasse criança de novo?

Jura? Eu iria brincar de pique-ajuda, pique-bola, jogaria muito vídeo game... Nossa, nem sei o que faria direito! Mas, com certeza, iria curtir muito!


3- Quais são seus pequenos prazeres? Aquilo que você faz e ninguém liga, mas que te faz muito feliz?

Eu adoro brincar com meus brinquedos. Sim, eu tenho brinquedos pequenos como dinossauros, personagens de filmes, Minions e outros. Adoro ficar com eles. Às vezes, fico imaginando-os em algum lugar que eu vou. E também, adoro criar fins próprios para os filmes que assisto. E gosto de ver filmes repetidos. Entrar em uma livraria para ver quais autores estão na frente e o que as pessoas estão procurando. Adoro!


4- 3 coisas que você faz, mas não gosta.

Não gosto de reler algo que escrevo, ao menos não recentemente.
Não gosto de cobrar as pessoas. Mas, quando necessário, eu o faço.
Não gosto de ser muito observador, pois assim, eu não sou surpreendido. Nem mesmo em parabéns! rs


5- 3 coisas que você poderia fazer, gostaria de fazer, mas não faz? Por quê?

Gostaria de escrever em tempo integral, mas não consigo devido às atividades diárias.
Gostaria de assistir a mais séries, mas a falta de tempo não permite.
Gostaria de estudar mais, ter um tempo só para isso, já que não sou disciplinado quando sozinho. Mas, a falta de tempo e de cursos oferecidos pelo governo torna tudo muito burocráticos para entrar.


6- Você prefere estar certo, ou ser feliz? Já abandonou uma discussão, mesmo sabendo que estava certo, porque estava com preguiça de continuar brigando? Como foi?

Eu me deparo quase todos os dias com pessoas que carregam a verdade, seja qual for a conversa. Eu até brinco dizendo sempre no início de alguma postagem ou conversa que é a minha “humilde opinião”, pois não carrego verdades. Eu já fiquei observando uma pessoa falando algo que, na hora, fiquei com tanta vontade de responder, mas vi que a mente dela era meio atrofiada por suas fontes, e só fiquei rindo, como se fosse uma piada. Eu vou passar por esta terra e não terei todas as respostas e muito menos as perguntas. rsrs Eu odeio discutir. Adoro conversar.


7- Você acordou dentro de um livro que você estava escrevendo. Descreva qual a primeira paisagem que vê.

Um quarto com paredes descascadas por uma tinta já sem cor, quadros de pescarias, daquelas em alto mar, e uma bica com gotas intermináveis. O calor fazendo o suor escorrer na testa e uma neve cinza caindo lá fora. As pessoas paradas em suas posições e uma grande nuvem de fogo. Este é o cenário de uma parte do livro No Fundo da Geladeira.


8- Quando você percebeu que virou adulto?

Quando era um pré-adolescente e estava voltando da padaria, um grupo de bate-bolas, no Carnaval, não correu atrás de mim. Fiquei tão triste.


9- Você sentiu seu coração vibrar nas últimas 3 semanas? Por quê?

Sim. Por uma suspeita de gravidez, pois quero uma menina. Por estes casos mal explicados de doenças. E por um convite muito legal em minha profissão de escritor. As demais palpitações é que o meu coração não anda muito bem. rs


10- Qual foi o papo mais gostoso que você já teve nos últimos 2 meses. Do que se tratava e com quem era?

Hum... Eu gosto muito de conversar, mas por incrível que pareça, sou tímido. Então, geralmente não converso muito. Mas acredito que era sobre o futuro, a vida em si e com a minha amiga desenhista Vanessa.


11- Se sua vida fosse um filme, qual filme você gostaria que fosse?

Harry Potter, Clube da Luta... Menos de zumbi. Eu tenho pesadelos quando vejo um filme assim!


12- Tem um desconhecido almoçando sozinho no mesmo restaurante que você. Se você perguntasse quem ele era, o que ele responderia?

Difícil, mas acredito que ele diria o nome dele. Geralmente as pessoas não param pra pensar no “quem é você?”


13- Qual o melhor sabor do mundo?

Caldo de cana, com uma barra de chocolate toda coberta de Nutella.


14- Qual o melhor cheiro do mundo?

Complicado. rs rs Mas eu amo aquele cheiro de quando você está beijando a pessoa amada. É um cheiro tão bom, de pele com a pele. 


15- Descreva uma característica sua que você não sabe se é sua mesmo, ou se são seus pais dentro de você. 

Eu costumo avaliar o local quando entro. Conto quantas pessoas tem, quantas cabem, as saídas e as entradas. Acho que isso é da minha mãe, já que ela fazia isso. E, outra coisa, é a de ficar no escuro. Se acordo sozinho, eu não abro janelas, e fico quietinho na escuridão. Adoro dias nublados e chuvosos. Acho que esta é do meu pai.


16- Olhe a sua volta, por que você está onde está?

Estou com 32 anos, casado, com um filho maravilhoso, uma esposa guerreira e que me incentiva de várias maneiras e pessoas lindas me falando dos meus livros. Acredito que esteja no início do meio de onde quero estar. E não poderia dizer que cheguei até aqui sozinho. Amigos que me incentivaram, estranhos que viraram amigos e me apoiaram. 


Lucinei, obrigada pela entrevista! 
Você tem mesmo alma libriana. 
Observador, cheio de sensibilidade e com uma linda habilidade de enfeitar as palavras! 
Parabéns por seu trabalho e sucesso em sua carreira!